Nietzsche uma vez disse que o conforto é a morte, Viktor Frankl afirmava que a posição de vítima diante da vida pode causar o vazio existencial e até mesmo a morte. Anna Roosevelt afirmou que uma democracia não pode ser estática, pois tudo que é estático está morto. Não assumir as rédeas da vida, não tornar-se agente da própria história não condiz com a natureza humana. As pessoas têm medo dos conflitos existenciais, evitam as discussões e os confrontos, e acabam por não resolver os problemas existentes, vivendo na ilusão de que eles não existem ou que se existem desaparecerão com o tempo.
O movimento que se espalha por todo o Brasil representa o limite a que chega um povo que tentou por muito tempo evitar os conflitos, tentou fazer cada um a sua parte sem envolver-se de fato, enquanto aproveitava os feriados, os carnavais, os jogos de futebol e as praias com a ilusão de que alguém algum dia resolveria os problemas do país.
O gigante está se despertando não por causa de 20 centavos. O Povo estão nas ruas porque afinal encontraram o motivo real de seu descontentamento, estão percebendo que o mundo apresentado pela mídia e pelo governo é irreal, completamente ilusório.
Não, não é pelos 20 centavos, é pela desonra, é pela vergonha, é pela incoerência, é pela violência e o abuso. Se em 1970 cantávamos “70 milhões em ação, pra frente Brasil, salve a seleção”, hoje cantamos em brado forte 200 milhões em ação, pra frente Brasil! Salve a NAÇÃO!
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