“São fragmentos do real e do imaginário aparentemente independente, mas sei que há um sentimento comum costurando uns aos outros no tecido das raízes. Eu sou essa linha.” - Fragmentos - Lygia Fagundes Telles
Esse preconceito contra os nordestinos não é de hoje. No sul/sudeste não é raro vermos tratamento de discriminação contra os migrantes dos estados do Nordeste. Não deixa de ser uma expressão de racismo, em razão da nossa origem.
Se julgam diferentes ou superiores porque descendem dos europeus, com predominância de brancos, enquanto somos descendentes de mulatos e índios, prevalecendo uma população negra. Esquecem esses que o crescimento econômico do sudeste se deve muito à contribuição da força de trabalho dos nordestinos que migraram para aquela região. Por pura ignorância desconhecem que somos a raiz cultural do Brasil. Foi aqui que tudo começou.
Quem se julga diferente, na verdade se expõe como despreparado e inculto, e nisso realmente reside a diferença, podemos ser até em boa parcela analfabetos, mas é difícil encontrar um nordestino burro. Se não tem a cultura de formação escolar, tem a cultura de formação na luta da vida, conquistada na experiência e na solidariedade que caracterizam nosso povo, enfrentando as intempéries do nosso ambiente, mas acima de tudo respeitando o próximo.
Nesta quinta-feira, 17, a Igreja Católica, em todo o mundo, comemora o dia de Corpus Christi. Nome que vem do latim e significa “Corpo de Cristo”.
Acontece sempre em uma quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue.
Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.